Dia do Infectologista: a profissão que dita hábitos na pandemia

11 de abril é o Dia Nacional do Infectologista! A data foi criada em homenagem a Emílio Ribas, médico renomado e um dos pioneiros no campo de estudo das doenças infecciosas no Brasil. O dia sempre teve grande importância, mas atualmente ganha mais destaque por causa da pandemia do novo coronavírus que o mundo vive. 

Foi em 2005 que a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) oficializou a comemoração da data, e o dia 11 foi o escolhido por ter sido o dia em que o médico Emílio Ribas nasceu. Ele é reconhecido especialmente pelos estudos no combate à febre amarela e chegou a deixar que um mosquito contaminado pela doença o picasse para fins de pesquisa.

A situação da Covid-19 fez com que os cidadãos voltassem os olhares para os infectologistas, que são médicos especialistas em diagnosticar doenças infecciosas causadas por vírus ou bactérias, por exemplo. Esses profissionais foram os responsáveis por alertar, com maior expertise, a população a seguir hábitos de higiene que já deveriam fazer parte do dia a dia, mas não estavam presentes ou estavam com pouca frequência. 

De acordo com o médico infectologista e epidemiologista Bruno Scarpellini, uma das práticas adquiridas foi a lavagem das mãos constantemente, que faz com que haja redução no contágio de série de doenças, principalmente as virais e bacterianas. Outros costumes, que não eram adotados pelos cidadãos, foram a prática do distanciamento social e o uso de máscaras. Para Scarpellini, tanto o distanciamento quanto o uso de máscara reduzem a incidência de transmissão de doenças tanto por gotículas quanto por vias respiratórias. Estes hábitos, quando seguidos corretamente, ajudam não só a frear a propagação do coronavírus como também o contágio e a proliferação de outras doenças.

Continuamos em um momento difícil causado por esta pandemia e seguimos nos adaptando à essa realidade atual. Muitas empresas precisaram se reinventar para se adequar ao “novo normal” e a ajuda desses profissionais foi fundamental para que todos aprendessem os novos hábitos necessários. A Orla Rio, entre os meses de março e setembro, colocou em prática o  Projeto Recomeço, que teve como objetivo garantir o retorno seguro dos 309 quiosques que administra. Dentre as diversas ações realizadas, elaborou um guia de reabertura dos quiosques com a consultoria da infectologista Adélia Marçal, mestre em doenças infecciosas e especialista em dinâmicas de transmissão. Junto à doutora e com apoio de todo o ecossistema, desde os responsáveis pelos quiosques aos sanitaristas da empresa, foram incorporados mais de 900 protocolos e medidas contra a Covid-19. Um curso de capacitação foi oferecido aos funcionários contendo um treinamento completo com base nos protocolos desenvolvidos. 

Outro ponto destacado pelo infectologista é a necessidade da prática de alguns desses hábitos também no pós-pandemia, assim como a importância dos encontros ao ar livre. 

“Ambientes pouco ventilados transmitem muitas doenças, tanto por gotículas quanto por via respiratória. Então, há bastante redução na chance de transmissão quando se está ao ar livre ou em um lugar com muita ventilação. Fora outros benefícios, como a exposição à radiação UV, fazendo conversão de vitamina D.”, explica o médico. 

Ter o direcionamento destes profissionais é importante não apenas no acompanhamento e tratamentos das doenças contagiosas, mas na prevenção delas, especialmente na questão das vacinas. 

Parabéns a todos os infectologistas!

Instagram oficial da Sociedade Brasileira de Infectologia

@sbinfecto 

VOCÊ VAI GOSTAR DE VER TAMBÉM…