Upcycling: a aposta para um consumo mais sustentável

Upcycling: a aposta para um consumo mais sustentável

O debate sobre os males que o lixo descartado no meio ambiente pode acarretar para o planeta e todo ecossistema terrestre é urgente. Do aumento colossal de microplásticos nos oceanos até a extinção de espécies, o consumo desenfreado e a falta de práticas sustentáveis têm provocado desastres ambientais e intensificado a busca por formas de reverter o cenário. Assim, o upcycling, que não é uma prática nova, tem ganhado força e incentivo, sobretudo em função da situação incerta da economia.

A palavra não é estranha, sendo bastante comum na temática ambiental, entre marcas e projetos que têm a sustentabilidade como pilar. Mas, você deve estar se perguntando, o que é isso? O upcycling consiste em dar uma nova vida a materiais que seriam descartados. Através da criatividade, a prática promove a economia circular, onde os resíduos viram insumo para a produção de novos produtos.

O termo upcycling foi marcado pelo ambientalista alemão Reine Pilz, em 1994. Em 2002, popularizou-se com a publicação do livro Cradle to cradle: rethinking the way we make things (no Brasil, Cradle to cradle: criar e reciclar ilimitadamente), escrito pelo arquiteto americano William McDonough, em parceria com o químico Michael Braungart. Desde então, o conceito vem se propagando e conquistando diferentes modelos de negócios, que procuram cada vez mais otimizar o ciclo de vida de seus produtos e adotar hábitos mais sustentáveis de produção.

A prática do upcycling reduz a quantidade de resíduos produzidos que passariam anos em lixões e aterros sanitários. Além disso, diminui a necessidade de exploração de matéria-prima para a geração de novos produtos. No caso do plástico, isso significa menos petróleo explorado; menos árvores derrubadas, no caso da madeira; e, no caso do metal, menos mineração.

Aqui já contamos aqui a história da Redinha, que além de uma bolsinha com mil e uma utilidades, é um exemplo prático de upcycling. Feita a partir de redes de pesca usadas por pescadores na Baía de Guanabara, a iniciativa da niteroiense Maria Fernanda Bastos ajuda a evitar que toneladas de redes de pesca sejam jogadas no lixo e acabem parando no mar. Lembrando que os materiais de pesca são responsáveis por 85% do lixo plástico encontrado no fundo do mar.

O projeto Recicla Orla, desenvolvido pela Orla Rio em parceria com a Pólen, também busca incentivar a economia circular através do recolhimento e destinação correta de materiais como vidro, plástico e papelão. O projeto garante que todo resíduo ganhe um novo ciclo de vida através da reciclagem. 

Fonte: Ecycle.

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