#TBT: Relembre a história do Réveillon de Copacabana

Rio espera mais de 4 milhões de turistas para festa da virada

Já que hoje é quinta-feira e dia de TBT, vamos relembrar a história do réveillon de Copacabana, que é a maior festa de passagem do ano do Brasil e do mundo. O evento reúne milhões de pessoas e não ocorreu nesta última virada de ano, devido ao cancelamento da festa como medida para conter a disseminação da Covid-19. 

Mas já que a história está aí para ser lembrada, então relembre a história do maior ano novo do mundo. O início dessa grande festa foi nos anos 1970. Em proporções bem menores, umbandistas iam para a Praia de Copacabana, vestidos de branco, para saudar Iemanjá com oferendas levadas ao mar antes da meia-noite.

Na década seguinte, em meados de 1980, também de forma discreta, começou a famosa queima de fogos. No extinto hotel Meridien, do alto dos 39 andares, uma cascata de fogos de artifício era lançada e descia pelo arranha-céu. Outros hotéis, vendo que essa ideia aumentava o movimento do turismo, passaram a adotar a prática. Com o passar do tempo, a festa seguiu crescendo.

No início dos anos 1990, a prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, que à época era comandada por Cesar Maia, passou a dar uma organização maior à festa e fez a mesma ficar ainda mais imponente, instalando palcos para shows nas areias da princesinha do mar. O show de estreia, em 1993, contou com Jorge Ben e Tim Maia. O objetivo dos shows era evitar que todos saíssem ao mesmo tempo da praia, causando gargalos nas vias.

O sucesso foi duplo: a saída se deu de forma espaçada por 2 horas, sem o tumulto de antes. Porém, houveram muitas críticas de que com isso o réveillon se descaracterizava, já que de acordo com a crença, deveria ser uma festa religiosa junto ao mar, de queima de fogos e nada mais.

No ano seguinte, o show de Rod Stewart bateu recordes de público e prolongou ainda mais a saída do réveillon por 3 horas. Finalmente em 1995, o Tributo a Tom Jobim com Gal Costa, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque e Paulinho da Viola consolidou o Réveillon com shows. Mas havia a necessidade de transformar a queima de fogos num espetáculo da mesma qualidade.

A queima de fogos foi criada pelos empresários Ricardo Amaral e Mariu’s e passou por mudanças. Dos 8 a 10 minutos anteriores de queima, o tempo foi dobrado para 20 minutos e a qualidade e diversidade dos fogos também. Um problema técnico na queima de fogos em 2000, causou uma morte e vários feridos. A partir da tragédia, passou a ser exigido o uso de balsas a partir do réveillon 2001-2002. 

Então finalmente ocorreu o previsto: o réveillon passou a concorrer com o carnaval na ocupação da rede hoteleira e passou a ser um atrativo turístico para o Rio, que desde então investe pesado na comemoração.

Nos anos que se seguiram, mais grandes shows aconteceram em Copacabana e a festa só cresceu, consagrando mais de 20 anos de tradição e popularidade. Com o passar do tempo a comemoração com shows inesquecíveis trouxe cada vez mais turistas, aquecendo a economia local e transformando o réveillon carioca no mais esperado e visado em todo o planeta.

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