Instituto Levante: um exemplo de luta e paixão pelo esporte

Uma ideia. Coisas acontecem quando uma ideia surge e muitas vezes, ela aparece a partir de uma vontade. Isso aconteceu com a Carol Solberg que sempre teve o sonho de fazer um projeto social de vôlei. Ela sonhou e aos poucos conquistou o seu espaço. Chamado de Instituto Levante, o objetivo é introduzir e ensinar crianças, de baixa renda, vôlei de praia e ajudá-las através do esporte. O projeto, atualmente, conta com 62 crianças que são divididas em duas turmas.

Carol contou que por muito tempo tinha o sonho de fazer um projeto social, porém, acreditava que só conseguiria realizar quando se aposentasse. Em 2019, tudo mudou, ela afirmou que percebeu que não precisava esperar e começou a colocar a mão na massa, como a mesma conta: “(…) fiquei cansada de ficar só no discurso, de quanta desigualdade no Rio e falei cara que quero entrar em ação. Acreditava na minha capacidade de juntar as pessoas, a ideia do levante surgiu muito de usar nossa rede de amigos. (…) Não queria esperar um modelo perfeito, queria aprender fazendo”.

Assim que colocou na cabeça que o projeto ia sair do papel, ela começou a juntar uma equipe. Ligou para conhecidos e amigos que rapidamente aceitaram participar, mesmo sem nenhum apoio. Além disso, ela buscou ajuda em outros projetos e escolas públicas para entender melhor como funcionaria, e em uma dessas expedições achou a professora do projeto: a Mari, que após um café topou participar da iniciativa.

Além da Mari e da Carol, um time foi formado, com o Leo (trabalha com a Carol) que também compartilhava do mesmo sonho, Marcela, Tião (é o contratado para montar e desmontar a rede) e outros voluntários. Durante a rotina do instituto, todos ajudam a montar os exercícios, e a Mari e o Leo que normalmente comandam as turmas.

O Levante não possui ainda nenhum apoio, porém alguns locais ajudam como podem. Por exemplo, o quiosque La Carioca que, às quintas-feiras, distribui salada de fruta, ou então, o mega natural que envia sanduíches. Entretanto, antes disso quem fazia e levava a comida era a Carol.

Ademais, é preciso mencionar a algumas dificuldades enfrentadas do Levante com relação a instalação da rede. Carol contou que não existe uma regra para isso, “eu cheguei aqui e ia montar a minha rede ali, mas chegou uns caras e falou que aquele lugar era deles há 30 anos. (…) Tem brigas bem sérias sobre isso (…) No verão não sei como vai ser, imagina eu chego aqui pra montar e tem outras montadas e ai?”.

Por fim, Carol pensa que o projeto é para melhorar a vida das crianças: “se melhorar um pouquinho o dia deles já tá fazendo todo o sentido, eles virem aqui, se divertirem, eu quero que isso aqui seja um lugar de acolhimento”. Ela, o Levante e os voluntários são um exemplo de força e paixão que acontecem nas nossas praias toda terça e quinta.

Se você quiser ajudar entre em contato pelo e-mail: : [email protected]. Ou então, encontrá-los na praia do Leblon na altura do posto 11, próximo ao Jardim de Alah. Ajude do jeito que você conseguir, toda ajuda conta.

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